a sinopse é retirada da orelha ou da contra capa dos livros

As lutas sociais estão surgindo na cena pública. Antes, elas apareciam a reboque de outros movimentos. Constituíram o desdobramento radical da Revolução Inglesa, a de 1640, ou da Revolução Francesa, de 1789. Porém, com a década de 1830, elas acontecem por conta própria. 'Os Miseráveis'  é a grande obra – ao lado de muitas outras, que vendiam bastante na época – não só a mostrar o espetáculo da pobreza, mas a despertar nossos sentimentos pelos mais pobres. É uma maneira de negar que os operários sejam perigosos. Podem até parecê-lo, na sua fúria justa, mas não o são. Toda uma política de solidariedade com eles, de apoio aos explorados, vai ter nos sentimentos de compaixão, difundidos por Victor Hugo, o seu combustível. Essa política poderá até ser criticada, pelos marxistas, como lacrimosa, piegas, mas ela é fundamental para se entender como uma cultura de massas, vendida aos milhares de exemplares (hoje diríamos, aos milhões), passa a tematizar, não só o amor infeliz de ricas herdeiras órfãs, mas a infelicidade das massas trabalhadoras. É muito melhor do que a mania pela segurança pública que, hoje, a mídia constrói. (trecho do livro pág. 19 em Apresentação, Livro 1)


– Edição comemorativa do bicentenário de Victor Hugo (1802-1885). Um panorama completo de Paris e da França em meados do século XIX, a obra é um patrimônio cultural da humanidade, narrada numa linguagem que significa 'a Revolução Francesa na literatura'. O fio condutor é o personagem de Jean Valjean. Por ter roubado um pão para alimentar a família, ele é preso e passa 19 anos na prisão. Solto e tomado de ódio por causa da rejeição social que experimenta, é acolhido por uma noite por um bispo. O encontro transforma radicalmente sua vida e, após mudar de nome, Valjean prospera como negociante de vidrilhos, até que nova reviravolta o reconduz à prisão. –  (sinopse do site da livraria Cultura)

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A TODOS... "A todos trato muito bem sou cordial, educada, quase sensata, mas nada me dá mais prazer do que ser persona non grata expulsa do paraiso uma mulher sem juízo, que não se comove com nada cruel e refinada que não merece ir pro céu, uma vilã de novela mas bela, e até mesmo culta estranha, com tantos amigos e amada, bem vestida e respeitada aqui entre nós melhor que ser boazinha é não poder ser imitada." (Martha Medeiros)